quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Capítulo VIII





Acho que é chegada a hora de eu retomar a primeira pessoa e deixar o balão da terceira pessoa que me fez sobrevoar a minha cabeça, pra olhar de cima, na tentativa de minorar o que me doía, ainda assim, e forte, e muito forte! nos calos do meu coração. Nos calos do meu “bandido corazon”.
A segunda pessoa, ela, com seus lindos e ainda perpetuantes pés brancos, que hora desejo tanto chupar, desde a ponta dos dedos, atravessandoa cintura que lho guarda menos segredos e chegando feliz e úmida e molhada do suor da chuva dessa tempestade, à caldeira da sua boca que guarda tantas pérolas brancas, prévios lábios acolchoados do vermelho dos morangos da garganta o avaginado tom de vermelho n’onde eu também quero muito estar. Vejam como fui bondosa, disse tão doce , quase doce e menina, visto que as vezes também sou, que gostaria de estar, porque a mulher quer entrar como vadia, como esguia, enguia revirando-se dentro, já se entrando louca e persuasiva pelos carinhos dos cabelos ramos fios de trigo, como a maciez da vênus do milho... eu disse vênus do milho. Enquanto eu torta “venus de millus”, aperto e espremo os malmilos, todos meus em sigilo, pra espremer um leite, meu espasmo imajinário para ele chupar. Será que um dia, ele menos platônico que eu, por mim de sacrário de tormentas, liberará do fogo o leite 'as ventas e também gozará? Será que ainda goza por mim? Eu que o espero ainda e tanto! “Ele está no meio de nós!” No meio da primeira e da terceira pessoa, que o meu meio entoa, a minha vagina
cantante, redarguindo e também a outros repetindo, espasmos para o seu altivo e também músculo moço, em mim já pronta e por Deus tão molhada, quis dizer preparada, para ele entrar.

* * *

Devoto-o aqui uma oração:
“Santo anjo do Senhor,
Meu zelozo guradador,
Se a ti me confiou
A piedade divina
Sempre me rege e guarda
Governa e ilumina.

Amém!

* * *

Estou perdida se continuar me estreitando a esses meninos! A esses caminhos tão pouco piedosos e sem verdadeiros anjos. Jesus há de me guardar entendendo-me como uma nova Madalena. Eu que não tenho a intenção de ser santa, apenas gostaria nessas horas tantas em que a perturbação me visita, de ser menos impulsiva, de chorar menos e rodar menos no chão desse meu curral de tampouco esterco, que nessas horas de tanto desconcerto e decepção, que não fazem crescer do chão nenhuma flor maior de arrimo...Eu me arrumo, eu me ensino, mas esqueço-me logo, visto que sou evasiva, avoada, bandida mesmo, que adora comer poesias com um pouco de vinagre, xicória do agreste e manjericão. Ah! Eu preciso de um chão!
E eu que não tenho refrigérios...não “descanço 'a sombra do Altíssimo”, me debato de calor e de vício e não consigo me descarnar.
__Eu não sou bíblica! Mas sou parente de lobisomens e mulas sem cabeças! Pois adoro padres e com certeza devo ter tias velhas, mortas ou escondidas que ofereceram sem guaridas um terço, um rosário de bocetas á esses bondosos homens de Deus. E Deus que me perdoe a sinceridade! Mas eu sou assim. Expansiva e colérica.

* * *

Existem paraísos tão mais senssíveis do que os estipulados por Moisés!.

* * *

E então ele perguntou – me: __E você, como está?
__Estou sendo, com a tranquilidade alucinante dos dias!

* * *

Paraíso mesmo e quando posso sentir do alto de minha janela o cheiro forte do café cuando, vai chegando, me acuando, as coxas e o ventre toda na esparrela da parede confrontada de rendas das minhas cortinas. Minhas não! Da janela!

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